Reforma Tributária impulsiona crescimento de empresas do agro no Simples Nacional, aponta IBPT

Diretor de Negócios do IBPT, Carlos Pinto, explica por que pequenos produtores estão se formalizando e migrando para o regime simplificado

O agronegócio brasileiro vive um movimento acelerado de profissionalização e formalização. Um estudo recente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) revela um salto de 7,1% no número de empresas do setor enquadradas no Simples Nacional: foram de 395 mil no primeiro semestre de 2024 para 423 mil no mesmo período de 2025.

Essa expansão coincide com um momento decisivo: a transição para o novo modelo da Reforma Tributária, prevista para iniciar em janeiro de 2026.


Reforma Tributária aciona onda de formalização no agronegócio

De acordo com o diretor de negócios do IBPT, Carlos Pinto, a proximidade da Reforma vem funcionando como um gatilho regulatório que está levando pequenos produtores rurais a adotarem estruturas empresariais.

“No momento em que aumenta a constituição de empresas, isso automaticamente demonstra uma ocupação maior e mais estruturada do setor. E os dados mostram uma profissionalização dos pequenos empreendimentos do agro.” – Carlos Pinto, IBPT

Ele explica que boa parte dos produtores rurais atua como pessoa física, com poucas obrigações acessórias. No entanto, sob o novo sistema tributário, muitos terão que emitir nota fiscal — uma obrigação que não existia para milhares de produtores informais.

“A exigência de emitir notas fiscais demanda um comportamento mais profissional. E é exatamente esse movimento que estamos observando no campo.” — Carlos Pinto

Essa mudança regulatória, somada ao desejo por segurança jurídica e competitividade, tem impulsionado a abertura de novas empresas no agro.


Sudeste lidera a formalização no agro brasileiro

O levantamento do IBPT mostra que o Sudeste concentra 47,3% das empresas do setor enquadradas no Simples Nacional — mais de 200 mil negócios ativos.
Os destaques são:

  • São Paulo: 95,8 mil empresas (22,6% do total nacional)
  • Minas Gerais: 56,4 mil (13,3%)

Para Carlos Pinto, essa presença não é surpreendente:

“O Sudeste domina o mapa empresarial do país. A região é líder em número de empresas em praticamente todos os setores. O crescimento do agro no Simples apenas acompanha essa tendência nacional.” — Carlos Pinto

O Sul aparece na sequência com 19,3%, seguido pelo Nordeste (17,1%) e Centro-Oeste (10,7%).
Neste último, o predomínio de grandes grupos agroindustriais explica a participação relativamente menor das pequenas empresas.


Empresas do agro estão mais jovens — 72% têm até cinco anos

Outro ponto relevante apontado pelo estudo é o rejuvenescimento da base empresarial.
Entre as 423 mil empresas ativas em 2025:

  • 47% têm até dois anos de existência
  • 25% têm entre três e cinco anos

Ou seja, 72% das empresas agro do Simples Nacional são jovens — um indicador claro de renovação e transformação estrutural.

Carlos Pinto destaca que essa juventude empresarial é reflexo direto da modernização do setor:

“O agro está se modernizando. Muitos produtores veem no Simples uma forma rápida de se estruturar e acessar melhores contratos. Em vários segmentos, empresas preferem negociar com pessoa jurídica, o que acelera essa formalização.” — Carlos Pinto


Tendência para os próximos anos: curva ascendente

O IBPT projeta que o número de empresas do agro no Simples Nacional continuará crescendo, especialmente com a entrada em vigor das novas regras da Reforma Tributária.

“A reforma será um divisor de águas. Com a obrigatoriedade de emitir nota fiscal para vender para outras empresas, haverá uma consolidação da tendência de criação de pessoas jurídicas no agro.” — Carlos Pinto

O movimento aponta para um setor cada vez mais profissional, competitivo e integrado às exigências do mercado nacional e internacional.


Conclusão

O estudo do IBPT, analisado pelo diretor de negócios Carlos Pinto, reforça que a Reforma Tributária está acelerando um processo inevitável:
a profissionalização e a formalização dos pequenos produtores rurais.

Com mais empresas ingressando no Simples Nacional, o agronegócio ganha:

  • mais segurança jurídica,
  • maior capacidade de negociação,
  • e melhores condições para crescer de forma sustentável.

Fonte: Reforma tributária impulsiona alta de empresas do agro no Simples| Agro Estadão

Sobre o IBPT

Os estudos do IBPT são referências no mercado e visam identificar a carga tributária dos diversos setores da economia brasileira ou de uma empresa, especificamente. Eles fornecem um diagnóstico da tributação que incide sobre determinadas atividades, com dados suficientes para implementar uma gestão tributária e aumentar a competitividade. Realizamos pesquisas corporativas e de setores específicos para reduzir o peso dos tributos por meio de uma gestão tributária eficiente.

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