Reforma Tributária acende alerta no agro

Reforma Tributária acende alerta no agro: revisão fiscal pode revelar bilhões em créditos esquecidos

IBPT recomenda que empresários do agronegócio iniciem diagnóstico tributário ainda em 2025 para garantir recuperação de créditos acumulados e minimizar riscos da transição.

A partir de janeiro de 2026, o Brasil dará início à transição para um novo sistema tributário, com conclusão prevista até 2033. A mudança, que substituirá cinco tributos (PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS) por dois novos (CBS e IBS), promete maior simplicidade e segurança jurídica. No entanto, para empresas do agronegócio, o momento exige atenção redobrada.

O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) alerta que o setor precisa agir imediatamente. A reforma permite a recuperação de créditos tributários acumulados nos últimos cinco anos, conforme previsto no Código Tributário Nacional. Isso pode representar bilhões de reais esquecidos — um capital que, se recuperado a tempo, pode fortalecer o fluxo de caixa das empresas no momento de transição.

Segundo o IBPT, 95% das empresas no Brasil pagam mais tributos do que deveriam. No agro, esse número é ainda mais preocupante. “O setor sofre com falhas de apuração, desconhecimento de incentivos fiscais e a complexidade dos regimes estaduais”, afirma o instituto.

📌 O agronegócio representa 35% do PIB do Paraná, movimentando aproximadamente R$ 155 bilhões por ano. O potencial de créditos retroativos a serem recuperados pode atingir dezenas de bilhões de reais.

Créditos de PIS, Cofins e ICMS sobre insumos como fertilizantes e sementes continuarão existindo, mas alguns serviços da cadeia, como frete, não terão os mesmos benefícios no novo sistema. Por isso, é fundamental identificar e recuperar os créditos dentro do prazo legal.

A recomendação do IBPT é clara: empresários devem iniciar ainda em 2025 um diagnóstico tributário detalhado, com o apoio de contadores e advogados especializados. A recuperação pode ser feita por via administrativa — mediante auditoria e homologação — ou judicial, quando há contestação do Fisco.

O instituto destaca que o novo regime tributário padronizará o direito ao crédito, vinculando-o automaticamente à atividade econômica da empresa. Essa mudança elimina subjetividades, mas também traz riscos: fim de benefícios regionais, aumento da carga sobre serviços, impacto em contratos e logística, e possibilidade de créditos não registrados a tempo.

“A reforma é inevitável. Mas quem se preparar desde já poderá atravessar a transição com equilíbrio e vantagem competitiva”, afirma o IBPT.

Conclusão:
O crédito tributário é um ativo financeiro real. Ignorá-lo é desperdiçar capital. O IBPT está preparado para orientar empresas do setor agroindustrial na construção de uma governança fiscal robusta, eficiente e segura frente ao novo cenário tributário brasileiro.

Sobre o IBPT

Os estudos do IBPT são referências no mercado e visam identificar a carga tributária dos diversos setores da economia brasileira ou de uma empresa, especificamente. Eles fornecem um diagnóstico da tributação que incide sobre determinadas atividades, com dados suficientes para implementar uma gestão tributária e aumentar a competitividade. Realizamos pesquisas corporativas e de setores específicos para reduzir o peso dos tributos por meio de uma gestão tributária eficiente.

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